(Luiz Gonzaga/João Silva)
– Tá danado!…
– Danado o quê, Elba? Isso é Dominguinhos…
– Danado de bom, ‘Seu’ Lula!…
– Ra, ra…
Tá é danado de bom!
Tá danado de bom, meu compadre!
Tá é danado de bom,
Forrozinho bonitinho,
Gostosinho, safadinho,
Danado de bom!
Tá é danado de bom!
Tá danado de bom, meu compadre!
Tá é danado de bom,
Forrozinho bonitinho,
Gostosinho, safadinho,
Danado de bom.
Olha o Macambira na zabumba,
O Zé Cupido no triângulo,
E Mariano no gonguê
Olha o meu compadre na viola,
Meu sobrinho na manola,
E Cipriano no melê.
Olha a meninada nas cuié,
Tá sobrando capilé
E já tem bebo pra daná…
Tem nego grudado que nem piolho,
E tem nega piscando o olho,
Me chamando pra dançar.
Tem nego grudado que nem piolho,
E tem nega piscando o olho,
Me chamando pra dançar.
E eu vou lá…
Tá é danado de bom!
(…)
Tá, que forrozinho de primeira!
Já num cabe forrozeiro,
E cada vez chegando mais.
Tá, da cozinha pro terreiro,
Sanfoneiro, zabumbeiro
Pra frente e pra trás.
Olha, meu compadre Damião,
Pode apagar o lampião,
Que tá querendo clarear.
Aguenta o fole, meu compadre Bororó
Que esse é o tipo de forró
Que não tem hora pra parar.
Aguenta o fole, meu compadre Bororó
Que esse é o tipo de forró
Que não tem hora pra parar.
Tá é danado de bom!
(…)
Olha o Macambira na zabumba,
(…)
Tem nego grudado que nem piolho,
(…)
– E eu vou lá…
– Ora se vou…
– Vou demais!
– Tá doido se eu perder um forró desse…
– Óia eu chegando…
LP – Danado de Bom – 1984