(Catulo da Paixão Cearense)
Não há ó gente, ó não
Luar como esse do sertão } bis
Oh! Que saudade
Do luar da minha terra
Lá na serra branquejando
Folhas secas pelo chão
Este luar cá da cidade, tão escuro
Não tem aquela saudade
Do luar lá do sertão
Se a lua nasce
Por detrás da verde mata
Mas parece um sol de prata
Prateando a solidão
E a gente pega
Na viola que ponteia
E a canção é a lua cheia
A nos nascer no coração
Coisa mais bela
Neste mundo não existe
Do que ouvir-se um galo triste
No sertão, se faz luar
Parece até
Que a alma da lua
E que descanta
Escondida na garganta
Desse galo a soluçar
A quem me dera
Que eu morresse lá na serra
Abraçado a minha terra
E dormindo de uma vez
Ser enterrado numa grota pequenina
Onde à tarde a sururina
Chora a sua viuvez
A FESTA; 1981; RCA