Luiz LUA Gonzaga

Vaca Estrela e Boi Fubá

(Patativa do Assaré)

 Seu dotô, mi dê licençaPra minha história contáHoje eu tô numa terra estranhaE é bem triste o meu penáMas já fui muito felizVivendo no meu lugáEu tinha cavalo bomGostava de campeáE todo dia aboiavaNa porteira do currá Êi, ah! ah!Êi, ah! ah!Ê êê Vaca EstrelaÔôô Boi Fubá Eu sou fio do nordesteNão nego meu naturáMas uma seca medonhaMe tangeu de lá prá cáLá eu tinha meu gadinhoNum é bom nem alembráMinha linda vaca EstrelaE meu belo boi FubáQuando era tardezinha Eu começava aboiá Êi, ah! ah!Êi, ah! ah!Ê êê Vaca EstrelaÔôô Boi Fubá Aquela seca medonhaFez tudo se atrapaiáNão nasceu capim no campoPrá o gado sustentáO sertão se isturricôFez os açude secáMorreu minha Vaca EstrelaSe acabô meu Boi FubáPerdi tudo quanto tinhaNunca mais pude aboiá Êi, ah! ah!Êi, ah! ah!Ê êê Vaca EstrelaÔôô Boi Fubá Hoje nas terra do súLonge do torrão natáQuando vejo em minha frenteUma boiada passáAs águas corre dos óioComeço logo a choráLembro minha Vaca Estrela E o meu belo Boi Fubá Cum saudade do nordesteDá vontade de aboiá Êi, ah! ah!Êi, ah! ah!Ê êê Vaca Estrela

Ôôô Boi Fubá

LUIZ GONZAGA & FAGNER; 1984; RCA