Luiz LUA Gonzaga

Caboclo Nordestino

(José Marcolino)

 

Caboclo humilde, roceiro

Disposto, trabalhador

No remexer da sanfona

Escuta este cantador

Que no baião fala ao mundo } bis

Teu grandioso valor

 

E do caboclo que vive

Com a enxada na mão

Trabalhando o dia inteiro

Com a maior diversão

Sem invejar a ninguém

Satisfeito a trabalhar

Cada vez mais animado

Esse teu suor pingado

Grandeza e honra te dar

 

Na tua humilde palhoça

Só se ver felicidade

E quando chegas da roça

Te sentas mesmo a vontade

Pra comer teu prato feito

Na mesa ou mesmo no chão

A filharada em rebanho

O teu prazer é tamanho

De quem possui um milhão

 

Aqui nesta vida humana

Ninguém é melhor que tu

Escuta esta homenagem

De um cabra do Pajeú

E outro do Rio Brígida } bis

Dos carrascais do Exu

LP: PISA NO PILÃO (FESTA DO MILHO); 1963; RCA VICTOR