(Janduhy Finizola e Luiz Gonzaga)
São quatro patas
Na pisada, galopada
Percorrendo meio mundo
Vai baixeiro, vai ligeiro
Vai formoso, vai fogoso
Chega vai
É uma força
Que se lança
Que avança, solta feito ventania
Na pegada, derrubada
Nas festas de apartação
Pro que for, vai
Cavalo Crioulo
É demais, tudo faz
Pisa que chega estremece
Estronda no chão, pumbá!
Faz um pisunhado danado
No pé do mourão, pumbá!
E quando a três
Lá na sanga avança
Ele arranca carreira, poeira
É uma cena, a carreira
Que fica de longe
Só vê danação, pumbá!
Mas se trabalha no campo
Rebate a boiada
Domina o cercado
E no mato fechado
Ele corre, ele passa
Que nem zelação, pumbá!
Porque
Cavalo Crioulo é demais
Tudo faz.
A NOVA JERUSALÉM; 1974; Odeon