(Aparício Nascimento/ Venancio)
Eu não sei porque cheguei
Mas sei tudo quanto fiz
Maltratei fui maltratado
Não fui bom, não fui feliz
Não fiz tudo quanto falam
Não sou o que o povo diz
Qual o bom entre vocês?
De vocês, qual o direito?
Onde esta o homem bom?
Qual o homem de respeito?
De cabo a rabo na vida
Não tem um homem perfeito } bis
Aos 28 de julho
Eu passei por outro lado
Foi no ano 38
Dizem que fui baleado
E falam noutra versão
Que eu fui envenenado
Sergipe, Fazenda Angico
Meus crimes se terminaram
O criminoso era eu
E os santinhos me mataram
Um lampião se apagou
Outros lampiões ficaram } bis
O cangaço continua
De gravata e jaquetão
Sem usar chapéu de couro
Sem bacamarte na mão
E matando muito mais
Tá cheio de lampião
E matando muito mais
Tá assim de lampião
E matando muito mais
Na cidade e no sertão
E matando muito mais
Tá sobrando Lampião
A FESTA; 1981; RCA