Luiz LUA Gonzaga

O Delegado no Côco

( Zé Dantas)

 

Nóis tava um côco cantando repente

Dançando imbigada, bebendo aguardente

Brigando e amando que nem sempre é

Nas festas qui tem cachaça e muié

Mas quando avistemo quatro sordado

Na raça cantemo esse coro rasgado

 

Nesse côco poliça num tem vez

Se acaba no pau, se falá em xadrez } bis

 

Na porta da venda do Zé Arcobaça

Os quatro sordado pediro cachaça

Depois resolvido de arma na mão

Chegaro pra perto de nossa função

Mas vendo as morena que tavam dançando

Também como nóis ficaro cantando

 

Nesse côco poliça num tem vez

Se acaba no pau, se falá em xadrez } bis

 

O seu Delegado fez mais um esforço

E de madrugada mandou o reforço

Mas desconfiado pur num ter notiça

Vai vê o que houve cum sua poliça

E de manhã cedo a graça do povo

Era o Delegado cantando bem roço

 

Nesse côco poliça num tem vez

Se acaba no pau, se falá em xadrez } bis

 

Ô de Casa- Luiz Gonzaga; Mário Rossi-RCA RVCD 051/1995

Ô de casa!

Só etendo por música!

Ah! Ê? Não é?

É, Inhô sim!

Então lá vai!

 

Ô de casa!

Ô de fora!

Como vai?

Vou muito bem!

Como vai a sua senhora?

Né da conta de ninguém!

Como vai sua senhora, senhor?

Não é da conta de ninguém, viu?

 

As crianças vão remando

O roçado deu capim

O feijão está bichando

O engenho deu cupim

Sua roça está sumindo

Vive tudo ao Deus-dará

Com o sol fico dormindo

Com a chuva não vou lá

Passo a noite no riacho

Passo o dia no paiol

Eu não sou roupa de baixo

Pra tomar banho de sol

78 RPM V801877a 1957