(Angelino Oliveira)
Neste verso ta singeloMinha bela, meu amorPra mecê quero contarO meu sofrer e a minha dor Eu, sou como o SabiáQue quando canta é só tristezaDesde o galho que ele está Nesta violaEu canto e gemo de verdadeCada toadaRepresenta uma saudade Eu nasci naquela serraNum ranchinho a beira-chãoTodo cheio de buracoOnde a lua faz clarãoE, quando chega a madrugadaLá no mato a passaradaPrincipia um barulhão Nessa viola… Lá no mato tudo é tristeDesde o jeito de falarQuando eu risco na violaDá vontade de chorarNão tem um que cante alegreTudo vive padecendoCantando pra se aliviar Nessa viola…. Vou parar com minha violaJá não posso mais cantarPois o Jeca quando cantaTem vontade de chorarE o choro que vai caindoDevagar vai se sumindo
Como as águas vão pro mar
ETERNO CANTADOR; 1982; RCA